domingo, 30 de agosto de 2009

DUMBO!




Eu vi um elefante voar
Dumbo
Você já viu um elefante voar?
Eu já vi um avião voar
Já vi um dragão voar!
Eu já vi você voar!(risadas)
Ei! isso eu também vi!
Já vi girafa usar colarinho em pé
Vi uma vaca dando café
Mas fiquei um mês sem poder falar
De ver um elefante voar
O que que você disse?
Pois é! De ver um elefante voar!
Já vi um boi boiar
Vi gambá sambar
Vi uma cobra se requebrar
Mas fiquei um mês sem poder falar
De ver um elefante voar
Vi tanta coisa de duvidar
Me mostaram coisas até
Que contudo não dá pé
Coisa que nunca acreditei
Ouvi tanta fábula que nem liguei
Já vi relógio andar, jacaré correr
Já vi até boato correr
Mas fiquei um mês sem poder falar
De ver um elefante voar
Mas fiquei um mês sem poder falar
De ver um elefante voar
De ver um elefante voar

Enquanto isso, na aula de Morfossintaxe...

"... Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez, sem preparação. Como se o ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que vale a vida, se o primeiro ensaio já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo 'esboço' não é a palavra certa, porque esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro. Ao passo que o esboço da nossa vida não é esboço de nada, é um esboço sem quadro."

Milan Kundera, A Insustentável leveza do Ser.

Intento tento tento.

Quando tento tanto enquanto incrédulo encanto.
Encanto incrédulo enquanto encontro tanto quanto.
Enquanto incrédulo encontro encanto tanto intento.
Intento tanto encanto incrédulo enquanto.
Encanto tanto intenso enquanto incrédulo tento.
Intenso.
Intenso.
Intento.
Tento.
Tenso.

Romantismo piegas.

Não percebi meu coração disparar ao te ver
Não percebi meu coração disparar ao te
Não percebi meu coração disparar ao
Não percebi meu coração disparar
Não percebi meu coração
Não percebi meu
Não percebi
Não.

Porque romantismo piegas é o que há!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Primavera de Praga. Você sabia??

O ano de 1968 será lembrado como o da rebeldia, dos sonhos esmagados. Foi o ano que marcou o fim da Primavera de Praga, um experimento de “socialismo com face humana” comandado pelo líder do Partido Comunista da então Checoslováquia, Alexander Dubcek. O movimento representava o desabrochar da democracia atrás da Cortina de Ferro. Mudanças inéditas no bloco socialista eram adotadas no país: imprensa livre, Judiciário independente e tolerância religiosa. Dubcek introduzia reformas políticas e econômicas, com o apoio do Comitê Central. Estadão

Em 5 de abril de 1968 o povo tcheco tomou-se de surpresa quando soube dos principais pontos do novo Programa de Ação do PC tchecoslovaco. Fora uma elaboração de um grupo de jovens intelectuais comunistas que ascenderam pela mão do novo secretário-geral Alexander Dubcek, indicado para a liderança em janeiro daquele ano. Dubcek um completo desconhecido decidira-se a fazer uma reforma profunda na estrutura política do pais. Imaginara desestalinizá-lo definitivamente, removendo os derradeiros vestígios do autoritarismo e do despotismo que ele considerava aberrações do sistema socialista.
Apesar da desestalinização ter-se iniciado no XXº Congresso do PCURSS, em 1956, a Tchecoslováquia ainda era governada por antigos dirigentes identificados com a ortodoxia. Ainda viviam sob a sombra do que Jean-Paul Sartre chamou de “o fantasma de Stalin”. Dubcek achou que era o momento de “dar uma face humana ao socialismo”.
Além de prometer uma federalização efetiva, assegurava uma revisão constitucional que garantisse os direitos civis e as liberdades do cidadão. Entre elas a liberdade de imprensa e a livre organização partidária, o que implicava no fim do monopólio do partido comunista. Todos os perseguidos pelo regime seriam reabilitados e reintegrados. Doravante a Assembléia Nacional multipartidária é quem controlaria o governo e não mais o partido comunista, que também seria reformado e democratizado. Uma onda de alegria inundou o país. Chamou-se o movimento, merecidamente, de “ A Primavera de Praga”.
De todos os lados explodiram manifestações em favor da rápida democratização. Em junho de 1968, um texto de “Duas Mil Palavras” saiu publicado na Gazeta Literária (Liternární Listy), redigido por Ludvik Vaculik, com centenas de assinaturas de personalidades de todos setores sociais, pedindo a Dubcek que acelerasse o processo. Acreditava que seria possível transitar pacificamente de um regime comunista ortodoxo para uma social-democracia ocidentalizada. Dubcek tentava provar a possibilidade do convívio entre uma economia coletivizada com a mais ampla liberdade democrática.
O mundo olhava para Praga com apreensão. O que fariam os soviéticos e os seus vizinhos comunistas? As liberdades conquistadas em poucos dias pelo povo tcheco eram inadmissíveis para as velhas lideranças das “Democracias Populares”. Se elas vingassem em Praga eles teriam que também liberalizar os seus regimes. Os soviéticos por sua vez temiam as conseqüências geopoliticas. Uma Tchecoslováquia social-democrata e independente significava sua saída do Pacto de Varsóvia, o sistema defensivo anti-OTAN montado pela URSS em 1955. Uma brecha em sua muralha seria aberta pela defecção de Dubcek.
Então, numa operação militar de surpresa, as tropas do Pacto de Varsóvia lideradas pelos tanques russos entraram em Praga no dia 20 de agosto de 1968. A “Primavera de Praga” sucumbia perante a força bruta. Sepultaram naquela momento qualquer perspectiva do socialismo poder conviver com um regime de liberdade. Dubcek foi levado a Moscou e depois destituído. Cancelaram-se as reformas, mas elas lançaram a semente do que vinte anos depois seria adotado pela própria hierarquia soviética representada pela política da glasnost de Michail Gorbachov. Como um toque pessoal e trágico, em protesto contra a supressão das liberdades recém-conquistadas, o jovem Jan Palach incinerou-se numa praça de Praga em 16 de janeiro de 1969.
Fonte: Educaterra.terra.com.br