Não sei ao certo o dia, mas fui à uma palestra na ABL com uma amiga. Fui porque era Machado. Sempre ele... Chegando lá, uma surpresa: Ana Maria Machado discursava com desenvoltura sobre os aspectos da literatura machadiana.
Encanto!
Lápis e papel na mão. Eu e ela. Até que, num certo momento, ela cita um de seus livros "Alice e Ulisses".
Espanto!
Que mulher fantástica! Na hora, eu viajei, fui looonge, voltei.
A palestra acabou. Fomos correndo à livraria do lugar atrás do bendito livro.
Fininho. Preço em conta. Comprei!
Li! Reli! Li de novo...
Perfeito! Não, não, prestem atenção ao título: Alice e Ulisses. Que coisa mais em sintonia, sonora, combina. Quase rima.
Ela, com maestria, conseguiu juntar ela, Alice, que remete à heroína de Lewis Carroll, que visita o País das Maravilhas e penetra na Casa do Espelho; e ele, Ulisses, herói da Odisséia de Homero e o Ulysses, de James Joyce, essa moderna odisséia vocabular.
[x] Recomendo!
No meio do livro, deparei-me com Drummond. O que, aliás, faz todo sentido no todo do livro.
Aí vai:
" Memória
Amar o perdido deixa confundido este coração.
Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não.
As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão
Mas as coisas findas, muito mais que lindas,essas ficarão!"
Lindo esse texto do Drumond, já sabe que vou copiar e guardar né
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